Marcos Sigismundo

Marcos Sigismundo

Quinta, 22 Abril 2010 09:24

Brasília querida!

Esta cidade está no meu coração. Estou feliz por viver em Brasília cidade que escolhi para educar meus filhos. E agora é com carinho que vejo meus netos brasilienses crescerem. Parabéns a todos que aqui chegaram e que aqui nasceram. Iza

Relato de uma bibliotecária recebido por email. Os nomes foram omitidos...

"Ao C.R.B. e A.B.C.

Gostaria que fizessem uso do fato que ocorre nesta cidade para que sirva de alerta.
Há 30 anos sou funcionária do estado,com o cargo de assistente de biblioteca,que me levou a fazer o Curso de Biblioteconomia para transformar o cargo,mas infelizmente a educação não foi contemplada por esta lei que existia.
Aos poucos, fui percebendo,que a biblioteca escolar,mudou de nome para sala de leitura e agora multimeios.Notei que havia regente professora e apoio, professora...isto me incomodava,mas dava para continuar,já que estas pessoas faltava, poucos anos para se aposentar.
Agora,nesta gestão,se coloca a sala de mutimeios como um hospital,dentro da escola para professores readaptados ou
aqueles que possuem aversão a sala de aula.Detalhe,a regente de multimeios,não tem função readaptada,é apenas uma professora que ganha uma boa gratificação.
Isto tudo fere a nossa constituição e desfavorece nossa classe.Pergunto,como pode dentro da educação não ter a função de bibliotecário?Qual professor sabe classificar,informar,indexar,catalogar...????Além disso,há ainda o detalhe à questionar; se esse pessoal de multimeios sabe interagir com o aluno e se conhece pelo menos cinco livros de literatura brasileira?
Conheci várias professoras lotadas no multimeios,com objetivos similares:mostrar serviço.Como?Colando livros,passando fita gomada,durex,cola...e ainda tem aquela mais audaciosa,que até tentam classificar pela ficha catalográfica,muitas vezes,como sabemos,estão incorretas.
Mas também ainda esbarrei com uma regente,que retirou minha classificação nas estiquetas e classificou todos os livros de literatura(romances,poesia,crônicas,literatura infanto juvenil),com número 800.
Não entendo,como se pode uma pessoa incompetente se achar com o direito de retirar uma classificação feita por bibliotecário!!!!Isso se chama  exercício ilegal da profissão!
Agora,me encontro ainda numa situação estarrecedora:a escola que trabalho há anos,E.E.F.M. Visconde do Rio Branco,fecha o turno noite.E o que acontece?A SEDUC,diz que é para lotar os professores no Multimeios e que o meu contrato é para trabalhar na secretaria.O que acham mais eficaz,uma professora passando nota ou uma bibliotecária?Penso,que deveria ser, uma assistente de biblioteca,como meu contrato reza,na biblioteca.
Onde vai parar nossa classe?O que os dirigentes políticos pensam?Que podem ir empurrando com a barriga a educação?Onde estão indo os jovens que saem das escolas?O que devemos fazer para que entendam que a nossa profissão é imprescidível na educação.
Peço ao Conselho de Biblioteconomia e a Associação de Bibliotecários do Ceará,que aproveitem o dia do Bibliotecário,para buscar algum retorno para a nossa Classe com o intuito de que a  mesma não continue invisível dentro deste Município,Estado e principalmente na Educação.
"


O que a profissional denuncia é vivenciado em quase todo o país. Por isso a importância da Campanha que o CFB vem fazendo em pró da Biblioteca Escolar. O projeto Mobilizador em prol da biblioteca escolar, começa a ir para as ruas. Aqui em BSB, o CFB realizou uma Exposição Biblioteca Escolar: tudo começa aqui. Foi montada numa área interna, em frente da Biblioteca da Câmara Federal um modelo de Biblioteca Escolar. A Biccateca, empresa de móveis de biblioteca apoiou cedendo os móveis, o Colégio Marista cedeu uma parte do seu acervo infanto-juvenil, a ABDF, CRB1 e CFB se revezaram no atendimento ao público. Durante oito dias a biblioteca ficou montada e funcionando. Funcionários, deputados, bibliotecários e público em geral eram abordados para se falar da importância da biblioteca escolar. Crianças de colégios públicos foram ouvir histórias, ler. A idéia era mostrar e sensibilizar os deputados da importância de aprovarem as leis que favorecem a obrigatoriedade de bibliotecas escolares organizadas e com atividades de incentivo a leitura. Pois, é disto que precisam as nossas crianças. É claro que a biblioteca escola oferece muito mais como extensão da sala de aula. Acho que todos os bibliotecários e principalmente nós que estamos a frente de órgãos de classe devemos estar ao lado de iniciativas como esta do CFB. Aqui em BSB não é diferente. As bibliotecas escolares, algumas com mais de 20 000 livros no acervo, estão sendo obrigadas a retirar o nome de Biblioteca, para colocar Sala de leitura. Nosso CRB1 já notificou, a ABDF já fez reunião com o Secretaria de Educação, mas nada deu resultado. Mas, não podemos desistir, é preciso que seminários, palestras, encontros e outros eventos de divulgação sejam pensados e colocados em prática. Vamos conseguir pela insistência. Concordo com ela é preciso que se aproveite o Dia do Bibliotecário para lançar na sociedade nossa indignação com a falta de respeito com as bibliotecas brasileiras e lanço aqui um desafio para nós que no próximo ano seja feita uma mobilização nacional, liderada pelas associações de bibliotecários, principalmente, e pelos demais órgãos de classe, para realizar tais eventos voltados para discutir e denunciar a situação das bibliotecas, principalamente públicas e escolares, durante as comemorações do Dia do Bibliotecário. Mas, para isto precisamos trabalhar muito, para envolver toda a sociedade e a mídia. E dar oportunidade para que os governos informem o que estão fazendo pelas bibliotecas no seus estados e munícipios. Vamos começar a pensar no assunto. E no próximo ano tudo será diferente. A além de palestras educativas e informativas para os bibliotecários e confraternizações, estraremos também identificando as mazelas da nossa área.

Iza/ABDF

Segunda, 15 Março 2010 21:00

A Semana do Bibliotecário - 2010

Noites mal dormidas, na preocupação de que tudo desse certo. Fiquei muito feliz com o retorno dos bibliotecários em todas as atividades tivemos um público bom. O comprometimento dos órgãos que apoiaram a Semana foi imprescindível. STJ, TSE, PR, BNB, CFB, CRB1, Senado. Tivemos colegas que vestiram a camisa, fico muito contente com isto. Eu sou assim mesmo, quando me envolvo com alguma coisa procuro dar o melhor de mim. Fui a todas as atividades representei a ABDF e os associados como é o meu dever. Desejo de coração que vocês mais jovens na profissão possam levar o barco a um destino mais glorioso. Nós bibliotecários merecemos todos os agradecimentos da sociedade, mas é preciso que a gente mostre a cara. Trabalhar em silêncio não vai nos dar a visibilidade que merecemos. O dia do Bibliotecário - 12 de março na PR foi revelador. Tanto a profª Elisabeth, como o prof. Modesto nos deram muito motivo de reflexão. A profissão depende de nós. Não há possibilidade da Academia nos entregar prontos para o mercado de trabalho. Cada um terá que fazer a sua parte, estudar sempre, atuar sempre, se mostrar sempre, criar as suas redes de relacionamento, fazer o seu destino, ter orgulho e amar o que fazemos. Eu estou satisfeita com o destino que eu construi com a ajuda de muita pessoas que passam pela minha vida profissional. Muitas decepções, muito choro, mas o saldo é muito mais positivo. Tive e tenho a visibilidade que eu mesma criei, participando do movimento associativo, defendendo a minha condição de bibliotecária, sem medo de concorrência. Aceito os parabéns em nome de todos os que fizeram da Semana do Bibliotecário/2010 um sucesso. Beijos, Iza
Sexta, 16 Abril 2010 12:46

Votação do PL 324/2009 - parte 3

E-mail recebido de Elias Barbosa da Associação Alagoana dos Profissionais em Biblioteconomia.

Amigos(as) Bibliotecários(as)

Vocês não imaginam a minha alegria com a aprovação do PLC 324/09.
Para mim, que durante 14 anos tive o prazer de ser bibliotecário da Escola da Fundação Bradesco em Maceió/AL, esse é um momento ímpar. Um momento de sonhar com bibliotecas semelhantes e/ou melhores para todo o nosso Brasil!!! Quem conhece o projeto da Fundação Bradesco para as suas bibliotecas escolares sabe do que estou falando.
Sou um sonhador. Sonho com uma Alagoas cada vez mais letrada e isso passa pela biblioteca escolar. Imaginem... Aquí, até as bibliotecas públicas são desaparelhadas (quando elas existem). A nossa companheira de luta Wilma Nóbrega, coordenou como ninguém um grande projeto de implantar em cada município alagoano uma biblioteca pública, no entanto, falta interesse político em dar continuidade ao belo trabalho da colega.
As biblioteca escolares, aqui, praticamente inexistem. Os livros dos projetos de leitura do Governo viram depósito nas salas de diretores de escola, quando não são levados pra casa pelos professores.
Mas, continuamos sonhando e a aprovação do PLC foi uma grande vitória.
Como disse o Senador Cristóvão Buarque, pena que demorou tanto e poderia ter um prazo máximo de 05 (cinco) anos. Antes tarde do que nunca!! Vamos batalhar para que esses 10 (dez) anos não se transformem em 20, 30....
A Associação Alagoana (AAPB), pecisa do apoio e ajuda das demais associações que já estão bem estruturadas, que tem projetos de inserção de bibliotecários nas escolas, de idéias, de projetos...
Contamos com o apoio de todos, a começar pelo apoio de que consigamos trazer para Alagoas o XXIV CBBD, pois acreditamos que isso, como foi em muitos Estados, será um marco para o nosso!!!
Desde ja o nosso muito obrigado.

Elias Barbosa.
Associação Alagoana dos Profissionais em Biblioteconomia.


Resposta ao e-mail do colega da Associação Alagoana de Bibliotecários. Iza

Elias, esta é a realidade em muitos Estados do Brasil. Aqui mesmo na capital do Brasil a realidade é semelhante. Após os anos 90 a Sec. de Ed. do GDF baixou uma resolução transformando as bibliotecas em salas de leitura, para não cumprir a determinação do CRB1 para que as bibliotecas tivessem a orientação e gerência de bibliotecários. Muitas bibliotecas foram transformadas em sala de aula e desapareceram das escolas. Ficou apenas um ou dois armários fechados guardando alguns livros que são libertados apenas pelos professores quando vão trabalhar a leitura. Desde 2007 começou a melhorar  a situação das bibliotecas escolares pela ação da iniciativa privada com o Projeto Bibliotecas Casa do Saber que é promovido por uma empresa de combustíveis, a Gasol dona de 94 postos de gasolina em BSB. A ABDF é parceira deste projeto que desde a primeira biblioteca escolar que beneficiou causou um efeito em cascata e várias escolas começaram a criar novos espaços para a biblioteca e as que ainda resistiam foram reformadas. Todo mundo agora está querendo bibliotecas, já são mais de 30 bibliotecas escolares beneficiadas. Mas, a situação da falta do bibliotecário persisti. Para todos nós foi sem dúvida uma bela constatação a aprovação do PL mostrando que este cenário desfavorável pode mudar. Mas, não vamos nos iludir, não podemos baixar a guarda. Precisamos acompanhar de perto a sanção do PL e o seu cumprimento. É hora de ficarmos atentos. Comentando a segunda parte do seu e-mail, posso dizer que para a ABDF o que tem nos ajudado a pagar as contas são os cursos de capacitação de auxiliares de biblioteca, curso para bibiotecários, venda de livros e eventos pagos. Estamos nos preparando para oferecer todo ano um evento com inscrições. Nossa experiência com o CBBD foi sempre muito positiva. O primeiro CBBD que fizemos em BSB nos deu a sede que temos até hoje e o segundo CBBD que trouxemos para BSB deu para erguer nossa imagem de associação de classe e maior visibilidade. Desejo sucesso para a AAPB.

Iza/ABDF

Quinta, 15 Abril 2010 09:16

Votação do PL 324/2009 - parte 2

Fiquei bastante emocionada e muito feliz por ver os alunos do CID/UnB participando da sessão. Eles são os futuros bibliotecários escolares. Já é hora de estarmos mais presentes no Congresso e acompanhar mais de perto as atividades dos parlamentares. A classe só tem a ganhar. Precisamos mostrar que realmente estamos interessados na qualidade de ensino das nossas crianças. Não é possível conviver mais com índices tão desfavoráveis no desempenho dos alunos brasileiros perante outros alunos do mundo. E a biblioteca escolar pode ajudar muito a mudar esta realidade. Os bibliotecários precisam sair das bibliotecas e mostrar a cara. Havia várias pessoas perguntando em que PL estavamos interessados. Quando a presidente da mesa a senadora Marisa Serrano informou a todos que os órgãos de classe e alunos de Biblioteconomia estavam acompanhando a sessão a curiosidade foi sanada. As instituições foram nomeadas com o nome dos seus respectivos responsáveis. Foi sem dúvida um momento de visibilidade para a classe bibliotecária. Sem dúvida a bandeira levantada pelo CFB em prol da biblioteca escolar é um momento importante que precisamos ajudar a levantar e carregar. Eu vejo um novo profissional bibliotecário surgindo. Deus queira que eu não esteja enganada. Iza
Quarta, 14 Abril 2010 09:23

Votação do PL 324/2009

Pela primeira vez participei de uma votação de PL. Para mim era tudo novo. O Senador Cristovão Buarque defendeu o PL com a apresentação do seu relatório, onde com muita clareza e consistência falou sobre a importância das escolas terem bibliotecas com serviços de qualidade e a presença do bibliotecário para garantir tais serviços. A sessão teve uma participação significativa de bibliotecários do Senado, e de outras instituições, de estudantes de Biblioteconomia do CID/UnB e até de bibliotecários aposentados. Da ABDF compareceram eu, Miraildes, Cristine e Josefa. A sessão teve início às 11:40h, com a presença de 3 senadores, eram necessários 14 senadores. O PL que estava previsto para ser votado em primeiro lugar na pauta da sessão teve que esperar para que o corro fôsse estabelecido. O que aconteceu às 12:40h.

Destaco a presença até o fim da sessão da Diretora da BCE/UnB Dra. Sely Maria de Souza Costa, dos alunos, da bibliotecária ex-presidente do CFB Elaine Faria, Assessora da Câmara dos Deputados, da Dra. Simone Bastos, Diretora da área de Documentação e Biblioteca do Senado Federal. Quando o corro foi atingindo, às 13:00h, a senadora Marisa Serrano, que presidiu a sessão colocou em votação e por unanimidade todos concordaram com a aprovação do PL dada pelo senador Cristovão. Foi um momento de alegria e aplausos. Valeu todo o empenho do nosso CFB, através da sua Presidente Nêmora e da bibliotecária Simone Bastos na busca pela formação do corro num trabalho de corpo-a-corpo com os senadores. Muito bom!

Estou feliz, agora é acompanhar a sanção do presidente Lula. O PL estabelece a universalização das bibliotecas nas instituições de ensino no país. É um mercado de trabalho que se abre para a classe bibliotecária, mas o mais importante é que nossas crianças terão o acesso ao livro e leitura desde o início de sua formação escolar. E todos poderão constatar que a biblioteca escolar faz a diferença, pois é lá que tudo começa. Iza/ABDF