Marcos Sigismundo

Marcos Sigismundo

CHAPA "NOVAS PERSPECTIVAS"

PRESIDENTE: Ricardo Crisafulli Rodrigues
VICE-PRESIDENTE: Marcos Sigismundo
1º SECRETÁRIO: Cristine Marcial
2º SECRETÁRIO: Marília Augusta de Freitas
1º TESOUREIRO: Mônica Peres
2º TESOUREIRO: Raphael Cavalcante

CONSELHO FISCAL
Membros Efetivos
Emir Suaiden
Antônio Miranda
Iza Antunes Araújo

Membros Suplentes
Patrícia Nunes
Yaciara Mendes Duarte
Fernando Silva


CHAPA “NOVAS PERSPECTIVAS” PROGRAMA GERAL DE TRABALHO
ANO DE 2015

- Alteração e modernização do Regimento e do Estatuto da ABDF

- Criação de cursos de extensão na área de Ciência da Informação, em
parceria com a Faculdade de Ciência da Informação da Universidade de
Brasília

- Criação de uma revista eletrônica informativa na área de Ciência da Informação

- Atividades da Semana do Bibliotecário

- Criação de um prêmio relacionado à produção de trabalho científico
na área de Ciência da Informação, em cooperação com o Instituto
Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia-IBICT. Prêmio em
dinheiro e publicação dos melhores trabalhos na revista Ciência da
Informação

- Reativação das ações da ABDF como Utilidade Pública

- Assinaturas de convênios e acordos de cooperação técnica com
UnB-FCI, Ibict, UnB-BCE, GDF etc.

- Reformulação do Site da ABDF

- Participação no Seminário sobre Informação na Internet, em parceria
com o IBICT

ANO DE 2016

- Continuação dos cursos de extensão na área de Ciência da Informação,
em parceria com a Faculdade de Ciência da Informação da Universidade
de Brasília

- Organização de Seminário sobre Informação Imagética

- Segunda edição do prêmio relacionado à produção de trabalho
científico na área de Ciência da Informação, em cooperação com o
Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia-IBICT.
Prêmio em dinheiro e publicação dos melhores trabalhos na revista
Ciência da Informação

- Atividades da Semana do Bibliotecário

- Criação de sistema de consultorias externas a serem realizadas pela
ABDF na área de Ciência da Informação



- Criação de Banco de Bibliotecas e bibliotecários de Brasília, a ser
publicado no Site da ABDF

- Criação de cursos de Educação à Distância

- Planejamento de uma linha editorial para a ABDF

ANO DE 2017

- Continuação dos cursos de extensão na área de Ciência da Informação,
em parceria com a Faculdade de Ciência da Informação da Universidade
de Brasília

- Terceira edição do prêmio relacionado à produção de trabalho
científico na área de Ciência da Informação, em cooperação com o
Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia-IBICT.
Prêmio em dinheiro e publicação dos melhores trabalhos na revista
Ciência da Informação

- Atividades da Semana do Bibliotecário

- Consultorias externas a serem realizadas pela ABDF na área de
Ciência da Informação

- Cursos de Educação à Distância

- Participação no Seminário sobre Informação na Internet, em parceria
com o IBICT

O registro de chapa dar-se-á, obedecendo-se ao seguinte:

  • A diretoria da ABDF está composta de 12 (doze) membros, assim distribuídos:

Cargos Eletivos: Presidente, vice-presidente, 1o Secretário, 2o Secretário, 1o

Tesoureiro, e 2o Tesoureiro.

Conselho Fiscal: 3 membros efetivos e 3 membros suplentes.

  • Só poderá participar da chapa o profissional bibliotecário que for associado da ABDF e

em dia com a anuidade.

  • O bibliotecário não poderá se candidatar em mais de uma chapa.
  • Cada chapa receberá um número de acordo com a ordem de entrada.

A eleição da ABDF obedecerá ao seguinte cronograma:

Data Atividade

17/10/2014 Encerramento para inscrição das chapas

20/10/2014 Prazo para apresentação de eventuais impugnações

21/10/2014 Julgamento das impugnações, ou inelegibilidade das chapas.

22/10/2014 Homologação das chapas e apresentação aos associados

03/11/2014 Sorteio das Juntas receptoras e apuradoras dos votos

13/11/2014 Eleições

 

Local das inscrições: SHCGN 702/703, Bloco G, Entrada 49, Sobreloja - Brasília-DF 70710-

750 - Fone: (61) 3326-3835 ou e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

A atual diretoria da Associação dos Bibliotecários do Distrito Federal está à disposição de todos

os interessados para o esclarecimento de qualquer dúvida.

Atenciosamente,

Comissão Eleitoral

Divina Aparecida da Silva

Iza Antunes Araujo

Marmenha Rosário

Mirildes Alves Regino

"DO CHUMBO AO VIDRO: trajetória da experiência eleitoral recente"

Data: 26/09 a 30/10

Abertura: 17h

Local: Biblioteca Central UnB

A exposição tem como tema central o movimento "Diretas já", bem como todo processo de evolução do voto desde o fim do regime militar até os dias de hoje. A exposição é composta por fotos, documentos e artefatos que registram esse momento histórico. O tema se mostra pertinente em relação ao momento vivido pelo país, pois propõe uma reflexão sobre a participação política da sociedade e seus efeitos no contexto nacional.

Quarta, 23 Julho 2014 15:02

BiblioCamp Brasília 2014

A 4ª edição do BiblioCamp acontecerá em Brasília, no dia 06 de setembro de 2014, das 09h às 17h, na Biblioteca Nacional de Brasília.

O Bibliocamp surgiu em 2011, com ideia do bibliotecário da UFRJ, Moreno Barros, como sendo um encontro de bibliotecários que tivessem algo bacana sobre a profissão, uma ideia, uma experiência ou um projeto para compartilhar. Tudo em um ambiente despojado e intimista. O intuito era juntar profissionais para um bate-papo e trocar de experiências. Sem a formalização dos tradicionais eventos acadêmicos da área, mas com o comprometimento e paixão por aquilo que se faz no dia a dia da atuação profissional.

A 1ª edição em 2011 aconteceu na cidade do Rio de Janeiro, na Biblioteca Parque de Manguinhos, organizada pelo próprio Moreno Barros.

A 2ª edição em 2012 ocorreu em Florianópolis, na Barca dos Livros. Foi organizada pela Elisa Delfini, Daniela Spudeit e Jorge do Prado.

A 3ª edição em 2013 aconteceu na cidade de São Paulo, na Biblioteca Pública Alceu Amoroso Lima, temática em poesia. Foi organizada por Amanda Franco, Ana Marysa Santos, Carolina Kokumai, Paloma Altran, Marcela Ponce de Leon e Tiago Murakami.

Para participar do BiblioCamp basta se inscrever gratuitamente. Não há entrega de certificado e cada participante é responsável por seu próprio transporte e alimentação. O principal objetivo do evento é a troca de conhecimento entre os participantes, o compartilhamento entre pessoas que amam e acreditam naquilo que realizam.

http://bibliocamp.com/

O Centro de Estudos Filosóficos -Teológicos Redemptoris Mater convida para o lançamento de DEVOTOS E DEVASSOS, do Prof. Dr. Cristian Santos.
Data: 29 de abril / 19h30
Local: Seminário Redemptoris Mater
Setor Ermida Dom Bosco -AE 01
Lago Sul Brasília - DF

Na sociedade atual, o papel das bibliotecas públicas tem chamado a atenção do governo e da população brasileira. Isso pode ser constatado quando observamos as atuais políticas públicas de valorização do livro e da leitura, que priorizam a biblioteca no desenvolvimento da cultura letrada no país. Um bom exemplo disso é o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), uma iniciativa do Ministério da Cultura (MinC) em parceria com o Ministério da Educação (MEC), criado em 2006. (Clique aqui e leia a reportagem sobre o Plano.)

O que a biblioteca se tornou nos últimos anos? Como torná-la mais interessante para crianças, jovens e adultos? Qual a importância da implementação da lei que institui as bibliotecas escolares em todo o país? Essas questões foram discutidas por Gláucia Mollo, bibliotecária responsável pelo projeto “Leitura em Movimento” da Secretaria Municipal de Cultura de Campinas (SP). Na entrevista abaixo, Gláucia reforça o papel primordial da biblioteca na escola e na comunidade, além de apresentar sua visão sobre o futuro da leitura em meio ao progresso das ferramentas tecnológicas atuais.

Plataforma do Letramento: Que desafios e conquistas relativos à leitura no país traz a promulgação da Lei nº 12.244, de 2010, que prevê a universalização das bibliotecas escolares no Brasil?
Glaucia Mollo: É um contrassenso saber que a escola, espaço primordial para o ensino da leitura, ainda existe sem a biblioteca. Essa lei promulgada recentemente representa uma importante conquista ao prever que, até 2020, todas as escolas tenham bibliotecas. No entanto, ainda que contribua para a melhoria do ensino, essa iniciativa do poder público isolada não é suficiente. Não basta criar espaços nas escolas, com infraestrutura adequada, e com bibliotecários e auxiliares, se o dia a dia da escola não demanda da biblioteca; deve haver essa necessidade, assim como os educadores, educandos e gestores devem conhecer as potencialidades e formas de utilizar esse espaço. O desafio é fazer com que a biblioteca seja importante para a escola, de modo que a sala de aula necessite desse espaço vital de aprendizado. A biblioteca escolar não é apenas um local de empréstimo semanal de livros de literatura para os alunos; também não é um local de realização de pesquisas e cópias ou de exibição de filmes em dias chuvosos. Ela é muito mais que isso: é um centro de referência e de informação da escola. A biblioteca escolar deve possuir as informações importantes para auxiliar seu público-alvo. Ela organiza essas informações a fim de disseminá-las, de modo que todos possam utilizá-las da melhor forma. As bibliotecas escolares têm funções diferenciadas em relação às bibliotecas públicas, comunitárias, especializadas, universitárias e de outros de tipos. Elas têm por objetivo atender a sala de aula, no intuito de auxiliar o aluno, o professor e os demais profissionais da escola a desenvolverem seus trabalhos de forma mais eficiente – além, é claro, de formar leitores, função das salas de leitura em geral. A biblioteca é o local onde se experimenta a leitura de entretenimento, o estudo, a pesquisa, a informação e o lazer; além disso, é nela que encontramos os diferentes tipos de textos e seus respectivos suportes, para que se possam formar leitores mais conscientes e críticos. Ela é, também, o ambiente ideal para se desenvolver e exercitar as habilidades de leitura e escrita nas escolas. Para que isso ocorra, é necessário haver sintonia com a sala de aula. Nesse sentido, acho muito importante a promulgação da Lei nº 12.244, de 2010, mas precisamos de mais: de que as escolas repensem a importância das bibliotecas para que elas possam, de fato, auxiliar na formação de leitores e não ser apenas, espaços coletivos.   

PL: Como tornar a biblioteca um espaço atraente a todos – estudantes, familiares, comunidade em geral – sem esquecer sua finalidade principal: a promoção da leitura?
GM: As bibliotecas, em geral, não necessitam de uma estrutura complexa para ser eficientes e interessantes. Ela é um local atraente quando tem um acervo de qualidade, frenquentemente atualizado e de interesse de seu público-alvo; também se torna mais atraente no momento em que possui um espaço acolhedor e agradável, com mobiliário adequado, ventilado, iluminado e organizado. Isso tudo, além das ações desenvolvidas por meio da leitura, já justificam a existência de uma boa biblioteca para leitores de todas as idades. Há algo que faço sempre: comparar a quantidade de pessoas que estão em livrarias às que estão nas bibliotecas. Como bibliotecária, é triste constatar que o número de frequentadores das livrarias é muito superior. Mas, por que as livrarias estão repletas de leitores e as bibliotecas, vazias? A resposta é simples: a biblioteca não pode ser um depósito de livros e materiais de leitura desatualizados, sem profissionais especializados e sem investimentos. Ela precisa de condições favoráveis para promover a leitura e formar leitores. Muitas bibliotecas não têm sequer o jornal diário da sua cidade (uma realidade difícil de acreditar); sem esses mínimos materiais, não é possível proporcionar satisfação a seu público. O que falta é investimento e não atividades de toda ordem, que não têm nenhuma relação com leitura. As bibliotecas devem ser, novamente, apenas bibliotecas de verdade, nas quais o leitor encontre o que procura.

PL: Como você vê a relação entre leitura e novas tecnologias nesses espaços educativos e na sociedade em geral? 
GM: As novas tecnologias estimulam o exercício da leitura e da escrita, tanto nas escolas como na sociedade em geral, pois crianças e adultos estão lendo e escrevendo mais, por conta dessas ferramentas. Isso é muito positivo, pois podemos utilizar essas tecnologias em sala de aula. A tecnologia, quando bem utilizada, pode proporcionar novos significados à leitura e à escrita, além de criar novos sentidos em relação ao cotidiano. Entretanto, quem precisa urgentemente se atualizar em meio a tanta informação tecnológica somos nós, professores, bibliotecários e profissionais de gerações passadas, para que participemos mais desse mundo virtual. Hoje uma criança de 3 anos já utiliza um tablet, por exemplo. Essa revolução, com certeza, já proporciona inúmeras oportunidades em relação ao uso da escrita e da leitura às novas gerações. Quanto ao duelo entre o livro em papel e o livro digital, creio que este ganhará a batalha; de acordo com as estatísticas, a procura pelo livro digital está cada vez maior, sendo ele mais compatível com a geração de leitores e escritores que utilizam as novas redes digitais.

fonte: http://www.plataformadoletramento.org.br/acervo-entrevista/428/a-biblioteca-e-seu-papel-na-sociedade-contemporanea.html

O SINPRED é o primeiro Seminário Internacional de Preservação Digital organizado pela Rede Brasileira de Serviços de Preservação Digital - Cariniana. O evento acontece no período de 7 a 9 de maio de 2014, no Brasília Imperial Hotel. A iniciativa é do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Na ocasião, será realizado o III Encontro da Rede Cariniana simultaneamente ao Seminário.

 

Informações: http://sinpred.ibict.br

 

Inscrições: http://sinpred.ibict.br/index.php/sem1/sinpred/schedConf/registration

 

Período: 24 de fevereiro a 15 de abril de 2014.

 

(VAGAS LIMITADAS)

No última quinta-feira, dia 13 de fevereiro, fui assistir à apresentação do modelo de Biblioteca Pública virtual que está sendo lançado pela Xeriph. Há duas semanas, Galeno Amorim anunciou o próximo lançamento de um projeto de bibliotecas virtuais para bibliotecas escolares, e nos últimos dias a joint-venture da Saraiva, GEN, Atlas e Grupo A anunciou nova versão do modelo de seu programa Minha Biblioteca, que já está com três anos de vida.

Por outro lado, pipocam notícias sobre várias alternativas de aluguel e empréstimo de livros eletrônicos. A Amazon tem um serviço que funciona entre proprietários do Kindle e startups como a Oyster e outros almejam se tornar a “Netflix” dos livros. Como se sabe, a Netflix é um sistema de assinatura que permite o streaming de uma seleção já bastante extensa de filmes, séries de TV e congêneres.

Todas essas iniciativas possuem algo em comum, e imensas diferenças entre si.

A Kindle Lending Library está disponível para os que têm conta na Amazon americana e pagam pelo serviço Prime. Nesse caso, podem baixar temporariamente livros da biblioteca de empréstimo e também emprestar seus livros para outro usuário do Kindle. A assinatura anual do Prime custa US$ 79 e oferece algumas vantagens adicionais, como frete grátis (nos EUA). Como tudo na Amazon, é um serviço destinado aos seus clientes e exclusivamente para estes. Ainda não está disponível no Brasil.

Minha Biblioteca foi imaginada inicialmente como uma grande “pasta do professor” legalizada e editada. As universidades contratam os serviços. Os alunos dessas universidades recebiam um login para acessar o acervo digital da instituição do ensino. Essa montava a biblioteca pagando o preço de capa dos livros escolhidos, que ficavam disponíveis “para sempre” (desde que isso exista na Internet…). No modelo de aquisição, cada usuário da instituição pode acessar o título adquirido desde que este não esteja sendo lido por outra pessoa. Ou seja, a instituição de ensino deve calcular pelo menos uma média de exemplares adquiridos de modo a não congestionar o acesso ou fazer filas extensas.

O outro modelo é o de assinaturas, pelo qual a instituição de ensino paga pela quantidade de logins usados. Nesse caso, não há fila de espera.

Recentemente a Minha Biblioteca abriu outro modelo de negócio. Agora pessoas físicas, sem intermediação da instituição de ensino, podem adquirir ou alugar livros pelo sistema. O aluguel varia segundo o tempo e o preço de capa do livro. O aluguel de um livro por todo o semestre pode chegar a 60% do valor de sua compra.

Oyster por enquanto só funciona com cartões de crédito dos EUA. A Nuvem de Livros funciona no Brasil e é exclusivo para assinantes da Vivo. Só funciona com acesso à Internet. Ou seja, além da assinatura (R$ 2,99), há também o custo da conexão e o programa só funciona online.

Nesses vários modelos de bibliotecas com sistema de aluguel, os leitores (pessoas físicas) compram assinaturas que permitem acessar uma certa quantidade de títulos no período, escolhendo entre acervos que crescem continuadamente. Essas iniciativas são todas muito importantes e ampliam o acesso ao livro de forma exponencial. Ainda são embrionárias e, em muitos casos, experimentais.

O modelo das Bibliotecas Digitais Xeriph tem algumas semelhanças com o da Minha Biblioteca, menos na possibilidade de aluguel direto por pessoas físicas.
​A Xeriph / foi a primeira distribuidora e agregadora de livros digitais no Brasil. Segundo Carlos Eduardo Ernanny, seu diretor (que continua no cargo depois que a empresa foi adquirida pelo Grupo Abril), a Xeriph surgiu como uma necessidade depois da fundação da livraria Gato Sabido, http://www.gatosabido.com.br/ que se viu com pouquíssimo conteúdo disponível para vender depois de inaugurada. A criação da distribuidora foi o caminho encontrado para solucionar isso. Hoje, a Xeriph distribui mais de 200 editoras e dispõe de um acervo de cerca de 16.000 títulos para distribuição e comercialização.

O projeto de bibliotecas da Xeriph está destinado a bibliotecas públicas (de qualquer tipo) e bibliotecas empresariais. Em ambos casos, a autoridade responsável (órgão governamental ou o departamento encarregado da administração da biblioteca) adquire o acervo e o programa e recebe o pacote inteiro, que inclui as informações de cada usuário e de cada livro, ferramentas de administração (incorporação de acervo, de usuários, consultas de métricas, etc.) e o link para a app desenvolvida pela Xeriph que é de uso obrigatório para leitura. A Xeriph já desenvolveu apps para iOS e Android (o Windows Phone não foi mencionado) e para desktops.

Os livros disponíveis podem ser os agregados pela Xeriph ou, no caso de outros agregadores, os que as editoras autorizem participar no programa.

Os livros são vendidos pelo “preço de capa” do ebook (ePUB 2 ou PDF). Nesse sentido, a Xeriph atua como uma loja e se remunera com o desconto que lhe foi concedido pela editora. Isso no modelo de compra dos livros.

Mas a biblioteca pode ser usada também pelo modelo de subscrição. Nesse caso, a empresa (ou o órgão governamental), adquire uma quantidade de logins, o sistema registra quantos livros foram retirados e cobra o preço pactuado por esses acessos (não foi revelado o preço, é claro, segredo de negócio e certamente sujeito a múltiplas negociações). Sessenta por cento do recebido é transferido para as editoras, de modo proporcional aos acessos de seus livros.

No caso de venda dos livros, Carlos Eduardo Ernanny declarou ser favorável a uma venda definitiva, perpétua. Mas os editores podem estabelecer também um limite para downloads de empréstimo (modelo que vem sendo adotado por algumas editoras dos EUA). Ou seja, depois de “x” empréstimos o livro não fica mais no acervo e a biblioteca terá que adquiri-lo novamente.

Quando o acervo é vendido, cada exemplar digital só pode ser emprestado a um usuário por vez. Se o livro estiver emprestado, forma-se uma fila. Se esta cresce muito, pode induzir o bibliotecário a adquirir mais exemplares do livro. No caso de subscrição, tal como na Minha Biblioteca, não existem filas. Em todos os casos os usuários ficam com os livros nas suas estantes por duas semanas, e podem emprestar até cinco títulos por vez. No modelo de subscrição, para evitar que o usuário permaneça indefinidamente com o livro, a renovação do empréstimo só pode acontecer 45 dias após o final do empréstimo anterior. Em todos os casos, depois de terminado o período de empréstimo, o sistema automaticamente retira o livro da estante do usuário e o devolve para o acervo digital da biblioteca, abrindo espaço para outro usuário emprestar o volume.
Ernanny informou que, no caso de já existir um sistema de bibliotecas, a “biblioteca mãe” pode centralizar o empréstimo para todos os ramais, sempre dentro dos mesmos princípios: fila para os usuários, acesso imediato para subscrições, dentro da quantidade de logins adquiridos.

A Xeriph apresentou um modelo das páginas de uma biblioteca. O modelo é fixo, podendo mudar apenas no cabeçalho e na cor da barra superior, que podem incluir o logotipo da biblioteca, empresa, etc.

Logo abaixo dessa barra inicial aparece uma fila de livros (existentes no acervo) recomendados pelo sistema. Perguntado, Ernanny informou que essas recomendações são feitas exclusivamente através de algoritmos do sistema, não havendo possibilidade de cobrança para mudança de posição. Ora, sabemos que as livrarias cobram adicionais das editoras para colocação de livros na entrada, em vitrines, em pilhas, e que a Amazon levou esse processo a extremos, com as promoções ditas “cooperadas”. Diante disso, sugiro às editoras, principalmente as pequenas, que vejam se essas condições estão ou não incluídas nos contratos.

A fila seguinte é a de “Recomendações do Bibliotecário”. Nesse caso, é o administrador da biblioteca que seleciona os títulos que recomenda. Pode haver também uma barra com os títulos “mais emprestados” e haverá também espaço para sugestões de aquisição. Alguns sistemas de administração de bibliotecas, como o Alexandria, www.alexandria.com.br por exemplo, permitem que o programa localize de imediato o título sugerido, já que geralmente o leitor informa somente o título, às vezes o autor e quase nunca a editora.

Segundo Ernanny, as editoras terão condições de colocar metadados com informações adicionais sobre seus livros, Mas não foi informado como o sistema irá processar as buscas.
A leitura dos livros será feita exclusivamente através do app desenvolvido pela Xeriph, que já tem incorporado modo noturno e a possibilidade do fundo da página ser sépia, assim como mudar a fonte.

Ao entrar no sistema, o usuário pode verificar a lista de todas as bibliotecas que estão na Xeriph, mas deverá escolher aquela para a qual tem acesso. Poderá, se for o caso, ter acesso a duas ou mais bibliotecas, se estiver inscrito em várias.
Ernanny informou que deve entrar no ar a curto prazo um piloto do sistema, para o comprador que está na etapa final das negociações. O sucesso da empreitada, entretanto, depende certamente da quantidade e qualidade do acervo oferecido. Pela reação dos representantes das editoras presentes, percebi que isso não será problema. É mais um negócio que pode ser viável para os livros já digitalizados.

No caso da biblioteca da Xeriph, acredito que ela possa ter sucesso junto a empresas que ofereçam esse benefício a seus funcionários ou clientes. Pode bem ser um benefício de programas de milhagem ou similares.

Tenho minhas dúvidas quanto à sua implantação em bibliotecas públicas por uma razão bem simples: os impedimentos orçamentários e burocráticos que dificultam o crescimento de acervos nas bibliotecas públicas continuam sendo os mesmos na biblioteca digital. As prefeituras, em sua imensa maioria, não destinam recursos para as bibliotecas, que vivem de doações do público ou recebendo acervos proporcionados pelo governo. Nesses casos, o uso de mecanismos das leis de incentivo fiscal para patrocinar bibliotecas pode ser uma saída.

De qualquer maneira, o simples fato de tirar a necessidade de ir à biblioteca (ou a uma livraria) e facilitar o acesso, já é um grande ponto a favor. Programas de incentivo à leitura são fundamentais, mas sem o acesso a acervos atualizados, de pouco adiantam.

Fonte: oxisdoproblema.com.br

Por Ernesto Spinak

Nos tempos da publicação acadêmica somente em papel, os autores recebiam do editor um maço de separatas (reprints) de seus artigos para distribuir entre os colegas. Porém o mundo mudou para a Web, e com o avanço do modelo de Acesso Aberto muitos autores colocam à disposição versões on-line de seus trabalhos para serem baixados à vontade por qualquer interessado. Então, segundo informado no periódico The Economist de 11 de janeiro, aElsevier iniciou um contra-ataque amparado nos termos da Digital Millennium Copyright Act¹ (DMCA), uma lei Norte-americana que permite quem possuir os direitos intelectuais pode exigir a remoção de qualquer objeto disponível on-line sem sua permissão.

O primeiro alarme soou quando em princípios de dezembro de 2013 a Elsevier enviou cerca de 2.800 e-mails a Academia.edu (um site comercial que compete com o aplicativo Mendeley daElsevier) solicitando que fosse retirado de seu site trabalhos acadêmicos de universidades americanas e canadenses. Além disso, na semana seguinte Elsevier começou a enviar as mesmas solicitações a instituições como a University of Calgary, California-Irvine, UCDavis University, eHarvard.

Imediatamente surgiram vozes em defesa do direito dos autores em publicar em acesso aberto seus trabalhos. As opiniões do lado acadêmico indicam que, em geral somente a versão final de um artigo, tal como aparece no periódico, é que está protegido pelo copyright do editor, mas o mesmo não ocorre com as versões preliminares, opinião com a qual a Elsevier concorda e aceita que estas versões não oficiais possam ser distribuídas livremente se assim desejar o autor.

Esta ação da Elsevier fez soar um alarme na comunidade, pois se percebe o risco de que outrospublishers iniciem esta mesma linha de ação, mesmo que em longo prazo poderia ter efeitos contrários ao acelerar as iniciativas de publicação em acesso aberto por parte das instituições acadêmicas. Até agora, as noticias não dizem se foram iniciadas ações legais, e é a primeira vez que alguma grande editoria tenha dado um golpe importante nos pesquisadores que publicam seus próprios trabalhos online, levando em conta as recentes disposições legais nos EUA e na Comunidade Europeia que requerem que resultados de pesquisa financiada com recursos públicos devam ser publicadas em acesso aberto após um período (opcional e variável) de embargo².

Muitas editoras permitem aos autores a autopublicação (self-archive) dos artigos em seus sites, em geral logo após a avaliação, porém antes da publicação oficial, e nestes casos é frequente que se imponha um período de embargo.

Em vista da confusão que foi criada no seio da comunidade de pesquisadores nestas últimas semanas, a UC Office of Scholarly Communication da Universidad de California publicou uma série de opções e sugestões aos autores em caso de receber uma notificação de retirar trabalhos em acesso aberto, entre as quais se pode destacar:

  • Se não recebeu uma notificação, não deve fazer nada.
  • Se seu artigo está depositado em um Repositório institucional então é o Repositório que deverá analisar a ação que corresponda. Neste caso é importante que o Repositório tenha uma política de acesso aberto declarada.
  • Se publicou em um periódico de uma editorial comercial, leia o contrato que assinou para considerar quais são efetivamente as restrições e as liberdades.
  • Se não conhece as políticas do periódico no qual publicou, pode verificá-las na página da base de dados SHERPA/RoMEO³, onde se indicam com detalhes os graus de liberdade de que dispõe (self-archive, via Dorada, Via Verde, etc).
  • No caso das instituições regidas pela DMCA (e leis similares em outros países) sugere-se proteger-se sob as guias da Sessão 512 da DMCA¹.

A Elsevier e outros publishers no campo da ciência, tecnologia e medicina (STM) claramente consideram que o movimento de Acesso Aberto é uma ameaça a suas enormes margens de lucro, pois como informou a Elsevier, seus lucros em 2012 foram de £780 milhões, dos quais 65% provêm de assinaturas de instituições acadêmicas. Apesar de que os custos de publicação na Internet diminuíram muito, os custos de assinaturas dos periódicos aumentaram cerca de 30% a valores constantes desde 1986.

De sua parte a Elsevier respondeu em seu blog que a prática de enviar solicitações para retirar artigos é feita periodicamente, uma vez que a versão final tenha sido publicada. A razão, segundo Tom Reller, vice-presidente da Global Corporate Relations da Elsevier, é que o objetivo desta ação é assegurar que a versão final publicada seja fácil e rapidamente recuperável através do próprio periódico, de modo a maximizar as métricas de uso, os créditos ao autor e proteger a integridade dos registros científicos.

Reller também sugere que se o autor deseja publicar em acesso aberto, pode fazê-lo mediante a via oficial oferecida pela Elsevier⁴, o que pode ser feito cobrindo-se os custos mediante o pagamento estabelecido. A Elsevier usa o modelo da Via Dourada em mais de 70 periódicos de acesso aberto total e cerca de 1.600 periódicos em modelo híbrido de acesso aberto.

Em outras palavras, se quiser publicar na Elsevier e também em acesso aberto, então poderá fazê-lo se publicar no seu espaço, de outra forma mais cedo ou mais tarde poderá receber uma notificação solicitando que retire sua publicação do site.

Esta nova postura de linha dura por parte da Elsevier seguramente intensificará o debate sobre o futuro da publicação acadêmica, porque graças a Internet os pesquisadores não precisariam seguir com o modelo clássico da publicação acadêmica como a maneira de distribuir suas pesquisas aos colegas. Certamente uma quantidade crescente de pesquisadores começarão a refletir se o sistema tradicional, herdado do papel, não é mais um obstáculo que uma ajuda à pesquisa, e em última instancia se empresas como Elsevier são, de alguma maneira, necessárias.

Um conceito não muito distante do que vem sendo proposto pelo Programa SciELO por 15 anos.

Notas

¹ DMCA, Digital Millennium Copyright Act (DMCA).

É uma lei de direitos autorais (copyright) dos Estados Unidos que implementa dois tratados da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) de 1996, aprovada em 1998 pelo Senado dos Estados Unidos. É caracterizado como delito a produção e difusão de tecnologia, dispositivos ou serviços destinados a eludir medidas que controlam o acesso às obras protegidas. A principal inovação do DMCA no campo do direito de autor é a isenção da responsabilidade direta e indireta dos provedores de serviços de Internet e outros intermediários. A DMCA foi limitada pela lei federalOnline Copyright Infringement Liability Limitation Act (OCILLA) onde se protege os provedores de Internet de responsabilidade subsidiaria, o que se chama “safe harbor”, ao eximir de responsabilidade os intermediários de Internet de infração aos direitos de autor, sob certas regras explicadas na Sessão 512 da DCMA, conhecida como “DMCA 512”. Esta isenção foi aprovada pela União Europeia na Diretiva sobre Comercio Electrónico 2000. A Diretiva dos Direitos de Autor 2001 implementou o Tratado da OMPI de 1996 na UE.

Fontes: http://en.wikipedia.org/wiki/DMCA; http://en.wikipedia.org/wiki/DMCA_takedown

2 SPINAK, E. Os artigos em acesso aberto chegaram para ficar: em menos de 10 anos aproximam de 50% do nível mundial. SciELO em Perspectiva. 2013, Agosto 28. Available from: <http://blog.scielo.org/blog/2013/08/28/os-artigos-em-acesso-aberto-chegaram-para-ficar-em-menos-de-10-anos-aproximam-de-50-do-nivel-mundial/>.

³ SHERPA/RoMEO database of journal policies – http://www.sherpa.ac.uk/romeo/

⁴ Elsevier/ open-access -  http://www.elsevier.com/about/open-access

Referencias

Academic publishing: No peeking…A publishing giant goes after the authors of its journals’ papers.The Economist. 2014, January 11. Available from: <http://www.economist.com/news/science-and-technology/21593408-publishing-giant-goes-after-authors-its-journals-papers-no-peeking>.

BAILEY, J. The Intersection of Copyright and Research. Ithenticate. 2014, January 14. Available from: <http://www.ithenticate.com/plagiarism-detection-blog/intersection-of-copyright-and-research?utm_campaign=blog-alerts&utm_source=hs_email&utm_medium=email&utm_content=11642820&_hsenc=p2ANqtz-8QbQ5-LV9MXOPsxU8OriJCluZ6r_824RPLTd4e_kDGN7N84FF87DdajfNN7LAFsngGNkHBtsxaCCZ6pPpnl_pSLBg3yg&_hsmi=11642820>.

Have You Received an Elsevier Takedown Notice?. UCDavis University Library. 2014, January 9. Available from: <http://blogs.lib.ucdavis.edu/schcomm/2014/01/09/have-you-received-an-elsevier-takedown-notice/>.

HOWARD, J. Posting your latest article? You might have to take it down. Chronicle of Higher Education. 2013, December 6. Available from: <http://chronicle.com/blogs/wiredcampus/posting-your-latest-article-you-might-have-to-take-it-down/48865>.

PETERSON, A. How one publisher is stopping academics from sharing their research. The Washington Post. 2013, December 19. Available from: <http://www.washingtonpost.com/blogs/the-switch/wp/2013/12/19/how-one-publisher-is-stopping-academics-from-sharing-their-research/>.

RELLER, T. A comment on takedown notices (with update). ElsevierConnect [blog]. 2013, December 6. Available from: <http://www.elsevier.com/connect/a-comment-on-takedown-notices>.

The UC Office of Scholarly Communication website summarizes the issues and options should you receive a takedown request from Elsevier. Office of Scholarly Communication. University of California. Available from: <http://osc.universityofcalifornia.edu/2013/12/elsevier-takedown-notices/>.

Sobre Ernesto Spinak

Colaborador do SciELO, engenheiro de Sistemas e licenciado en Biblioteconomia, com diploma de Estudos Avançados pela Universitat Oberta de Catalunya e Mestre em “Sociedad de la Información” pela  Universidad Oberta de Catalunya, Barcelona – Espanha. Atualmente tem uma empresa de consultoria que atende a 14 instituições do governo e universidades do Uruguai com projetos de informação.

Como citar este post [ISO 690/2010]:

O contra-ataque dos gigantes – Elsevier saiu à caça de autores. SciELO em Perspectiva. [viewed10 February 2014]. Available from: http://blog.scielo.org/blog/2014/02/06/o-contra-ataque-dos-gigantes-elsevier-saiu-a-caca-de-autores/

Prezado(a) Senhor(a).

A Editoria da Revista Documentação e Memória gostaria de contar com sua colaboração para o seu próximo número (volume 3, número 6), previsto para ser publicado on line em Maio de 2014, mediante a apresentação de artigo, que pode abordar temas tanto das áreas de história, biblioteconomia, museologia ou arquivologia, quanto de áreas correlatas, baseado em acervos judiciários ou a eles relacionado, para o que esclareço que o prazo para recebimento de artigos estende-se até o dia 28 de fevereiro de 2014.

Para maiores esclarecimentos, pode-se consultar os endereços eletrônicos <www.tjpe.jus.br/Memorial/revista/> ou <www.tjpe.jus.br/web/revista-documentacao-e-memoria/>, bem como o Cartaz em anexo, que se pede sejam divulgados, na medida do possível.

Atenciosamente.


Carlos Alberto V. Amaral 
Editoria da Revista Documentação e Memória 
Memorial da Justiça/TJPE